segunda-feira, 13 de julho de 2015

A Santidade Que se Faz Necessária em Tempos Difíceis

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Texto: 1Pe.1:13-21
Introdução
Semana passada, fui ao cabeleireiro, e ao chegar lá, fui surpreendido com uma película na porta de vidro. Do lado de fora era impossível ver qualquer coisa que estava do lado de dentro. Eu não sabia se batia na porta ou se voltava para casa. Em meio às dúvidas, fui recepcionado pelo dono do salão, que via do lado de dentro, a minha indecisão do lado de fora.
Enquanto pairava em minha mente algumas dúvidas, ele me disse: “Adão, de agora em diante, o salão funcionará com a porta trancada”. E brincou dizendo: “estou informando aos clientes que aguardam a sua vez, que eles servirão de porteiros, e sempre que alguém chegar, um deles tem que destrancar a porta”. E, concluiu dizendo: “estamos em fase de adaptação”. Queridos, qualquer tentativa desta natureza é uma decisão de “autodefesa”, quando alguém está sob ameaça em determinada circunstância.
Na vida cristã não é diferente, diante dos desafios que enfrentamos, quase sempre, nos posicionamos com atitudes de “autodefesa”.  Essa era a tendência dos leitores de Pedro. O contexto é de perseguição, desafios, tempos de muitas dificuldades, etc. E os leitores do apóstolo em meio a tudo isso, corriam o risco de se autoproteger indevidamente. O mesmo ocorre conosco, é assim que agimos.
Diante desse mal em potencial, Pedro os lembra da sua eleição (v.2), os informa da gloriosa esperança a que foram chamados (v.3) e os desafia a enfrentarem as lutas com equilíbrio (v.6). Mas vejam que, não era suficiente eles, apenas, lembrarem dessas coisas, mas assumirem um estilo de vida santa, o qual serviria de antídoto contra as medidas de autodefesa.
Diante disso, quais são as atitudes que classificam os crentes como tendo um estilo de vida santo, diante de determinadas circunstâncias? Em outras palavras: como agir à maneira de Deus? Vejamos um vislumbre disso!

I.  Concentrar-se na Graça de Cristo v.13
“... esperai inteiramente na graça...”
A.    E expressão “por isso” é usada pelo escritor, para chamar a atenção dos seus leitores para o que acabara de dizer entre os (v.3-12). Em outras palavras, “concentrar-se na graça de Cristo”, é e deve ser resultado da manifestação das misericórdias do Senhor em nossas vidas, por meio da obra de Cristo.
B.     O reconhecimento dessa obra realizada por Deus em nosso favor, deve nos levar a cercar a nossa mente de cuidados, de forma a protegê-la dos desvios que podem atingi-la. Por isso Pedro diz: “cingindo o vosso entendimento”. Esta é uma metáfora/ analogia/ comparação extraída das vestimentas orientais, em que as pessoas usavam longos vestidos, os quais eram assessorados por um cinto na altura do peito. Sempre que havia maior necessidade de mobilização, parte da roupa era suspendida e presa sob o sinto, deixando a pessoa mais ágil.
1.     Ilustração
Talvez uma boa ilustração seja um vestido cumprindo que uma mulher de nossos dias, usa; e quando quer andar sem maiores impedimentos, suspende-o com as mãos.
C.     Então, a advertência de Pedro, é que devemos proteger o nosso entendimento, isto é, ser firme nos pensamentos que devem estar de acordo com o que recebemos em Cristo. Além disso, observe que, cingir o entendimento, deve ter como desfecho a sobriedade: “sede sóbrios”. A ideia aqui é a de não ser embriagado por qualquer outra forma de ver e agir na vida, diante dos desafios advindos por ser cristão.
D.    Desta forma, o chamado do crente é se agarrar ao que surge da graça, cuja fonte é Cristo Jesus, pois diz Pedro: “esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo”. A frase “revelação de Jesus Cristo” refere-se ao nosso resgate final. É uma descrição escatológica, mostrando que, por mais que tenhamos raízes neste mundo, entendamos que um dia, seremos resgatados.
E.     Ilustração
Alguém foi feliz quando disse: “O cristão pode viver agradecido por todas as misericórdias do passado, resolvido a enfrentar o desafio do presente e com a esperança certa de que em Cristo o melhor está ainda por chegar

F.     Aplicação
1.     É por essa razão que Pedro nos chama a atenção para fixarmos os olhos na graça de Cristo. Conforme diz o salmista: “a tua graça é melhor do que a vida” (Sl.63:3). Essa é a mesma razão de Paulo dizer:
Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, morramos ou vivamos, somos do Senhor” (Rm.14:8).
2.     Não é à toa que Satanás tenta de todos os modos influenciar o cristão a recusar-se a se submeter aos planos do Mestre, mesmo em momentos difíceis. Ele é um sujeito preso ao aqui e agora. Mas Pedro quer que coloquemos os nossos olhas no que temos de melhor.
Eis aqui a primeira atitude de um estilo de vida santo, diante de determinadas circunstâncias. Concentrar-se na Graça de Cristo.

II. Recusar Atitudes do Antigo Estilo de vida v.14, 17c
“... não vos amoldeis...”, “portai-vos com temor...”
A.    O mundo de onde os leitores de Pedro vieram era de pura ignorância. Era um mundo onde nada menos que a imaginação humana era a senhora dos prazeres. Mas vejam que houve uma transição com aqueles aos quais o apóstolo escreve sua carta. Ele os chama de “filhos da obediência” (v.14a). A expressão dá a entender que ser filho é “levar uma vida que expresse obediência” (Ênio Mueller, 1Pedro- introdução e comentário, p.100).
B.     E por serem filhos da obediência, eles deveriam recusar a antiga forma de pensar e agir “... não vos amoldeis às paixões...” (v.14). A exortação de Pedro tem três elementos importantes:
1.     O tempo das antigas paixões ficou para trásque tínheis”. Isso significa que agir como outrora não combina mais com o crente.
2.     Essas paixões eram resultado da ignorânciana vossa ignorância”. Mas agora eles haviam sido resgatados, iluminados para obedecerem a um novo sistema.
3.     Eles são desafiados a serem diferentesnão vos amoldeis”. Traz a ideia de não “assumir a forma de alguma coisa” (Ênio, p.101), neste caso, referindo-se as paixões do passado. Podemos ver o mesmo desafio em (Rm.12:2).
C.     Tendo apontado o que eles não deveriam fazer, Pedro os desafia a seguirem o caminho oposto, pois diz ele: “tornai-vos santos... em todo o vosso procedimento” (v.15b). A frase “em todo o vosso procedimento”, indica cada atitude que o crente possa manifestar, refere-se ao todo de sua vida. E qual é o ponto de referência? Responde Pedro: “segundo é santo aquele que vos chamou”. (v.15a). Deus é o padrão do que é certo e errado.
D.    O (v.17) reforça o chamado de Deus para os seus filhos, diante de determinadas circunstâncias.   “Portai-vos com temor”, é um chamado a se lembrarem do Deus que fala tanto no AT quanto no NT, chamando os crentes a viverem de conformidade com a sua vontade. E, vejam, que esse desafio vem acompanhado de uma advertência “Ora, se invocais como pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obra de cada um...”. (v.17a).
E.     Aplicação
1.     Queridos, querer viver do modo como vivíamos antes de conhecer a Cristo, é tentar alimentar a nossa antiga religião, composta de muitos deuses. E isso se chama idolatria. E como disse um pregador: “onde há idolatria, há um deslocamento da pessoa de Deus” (Pr. Roque Albuquerque, Novo Perspectiva em Paulo- vídeo). E Pedro queria que não somente os seus leitores, mas a todos quanto sua carta alcançasse, fugissem dessa postura.
2.     Precisamos por exemplo, abandonar a busca por justiça, numa sociedade de valores destorcidos. “Paixões carnais” no (v.14), provavelmente, estejam associadas a reivindicar os direitos por meio do protesto. Não vamos esquecer que o nosso alvo deve ser a manifestação do nosso General (v.13b).
Eis aqui a segunda atitude de um estilo de vida santa, diante de determinadas circunstâncias. Recusar Atitudes do Antigo Estilo de vida.

III. Focar o Melhor de Deus em Cristo v.18-21 esp. 21
“... de sorte que a vossa fé...”
A.    Deus, da ótica de Pedro, não pagou o preço da redenção dos seus eleitos, com qualquer coisa (v.18). Essa informação eleva o valor que os salvos devem dar à obra da redenção (2:1). Ao falar do melhor de Deus, Pedro destaca algumas preciosidades:
1.     A redenção dos eleitos é um fato.Sabendo que... fostes resgatados...” (v.18). Deus não tentou alcançar um coração duro, Ele quebrou esse coração duro e inclinou-o para Si. E os que foram atingidos por essa graça, têm consciência disse, pois diz “sabendo que...”.
2.     A redenção dos eleitos resulta de um planejamento na eternidade passada e se cumpre na morte de Cristo. “Pelo precioso sangue... conhecido... antes da fundação do mundo... porém manifestado...” (v,19a, 20a). O preço da nossa redenção não resultou de um acidente na história.
3.     A redenção é confirmada por um evento histórico. “o qual o ressuscitou dentre os mortos” (V.21a). A morte não deteve Cristo, visto que Ele veio com um propósito: “por causa da nossa justificação” (Rm.4:25).
B.     Depois de dar toda essa explicação, Pedro então desafia os seus leitores a focar o melhor de Deus, quando diz: “de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus” (v.21b). Mais uma vez, devemos lembrar que “fé e esperança” estão relacionadas à expectativa do crente acerca da volta de Cristo. Isso significa que o mundo até pode assolar o cristão, mas em meio a tudo isso, ele permanece de olho no seu Galardoador.
C.     Ilustração
Na “igreja conta sua bênção”, diz que em um dos cultos onde as pessoas deveriam formar uma fila e contar sua “bênção”, uma senhora disse: “pastor, eu fui salva por Jesus”. Aquele homem não se contentado com o testemunho, sugeriu: “irmã, agora, conta a bênção”.
D.    Aplicação
1.     Irmãos, esse é um evangelho falso. As pessoas não se satisfazem com o que Deus lhes oferece em Cristo. Essa postura fabrica crentes enganados e enganadores.  Mas a obra de Cristo é única, singular. É um projeto elaborado na eternidade passada, cumprido num tempo pontual, e aplicado à vida dos eleitos.
2.     Não deixemos nos enganar, andemos com Deus independentemente do contexto em que vivemos. Como disse alguém: “o mundo está em crise, mas Deus não está em crise”. Portanto, sigamos o conselho do escritor da carta aos hebreus, que diz:
também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,” (Hb.12:12).
Conclusão
O mundo em que vivemos está desenfreado em suas loucuras, porém, nós não temos que perder as estribeiras, mas em vez disso, podemos mirar uma vida santa, que chama o crente a:
1.     Concentrar-se na Graça de Cristo;
2.     Recusar Atitudes do Antigo Estilo de vida e;
3.     Focar o Melhor de Deus em Cristo.

porque escrito está: Sede santos, por que sou santo” (v.16).

domingo, 5 de julho de 2015

Por que Jesus É o Melhor de Deus Para Você?

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Marcos 6:30-44
Introdução
Um velho mestre ao saber que o seu discípulo estava sendo traído por sua esposa, tentou de todas as formas avisá-lo daquela crueldade. Mas o jovem loucamente apaixonado não queria acreditar, apesar de ter o seu mestre na mais alta consideração. Ele até achava que a idade avançada do velho era a razão da sua loucura.
O senhor idoso esperou uma oportunidade, e com muito esforço, colocou o seu discípulo na cena da traição. Após ver a cena horrorosa, o jovem traído se dirigiu ao seu guru, e lhe disse: “quando o senhor tentou abrir os meus olhos, pensei que estavas louco. Mas agora vejo que o senhor não é louco, mas o meu amigo”. E arrematou: “obrigado mestre, pois agora sei que te importas de verdade, comigo”.
Na caminhada cristã, às vezes sem perceber, achamos que o Senhor e Salvador Jesus é um louco, na maneira como Ele insiste em cuidar de nós. A razão é que estamos tão apaixonados pela a nossa ótica de ver a vida, que suspeitamos do Seu cuidado para conosco.
Mas Deus nesta noite, tem um recado especial para você, acerca de como tu podes encarar o Seu Filho amado, como o melhor da parte dEle para você. Diante disso, vejamos por que Cristo é o melhor de Deus para você!

I. Ele é Sensível às Tuas Lutas (v.31,34)
vinde repousar”, “não tinha tempo”, ”eram como...”
A.    No primeiro versículo, o Senhor lida com os discípulos que tinham retornado de uma missão (v.7,30). Jesus não dá a eles outra missão, até lhes proporcionar recuperação da canseira, causada pela primeira (v.31). Ele é como um médico esportivo, que sabe até onde o atleta pode ir.
B.     No segundo versículo, o Senhor passa a observar um grupo de pessoas que, depois de andarem uma grande distância (16 km) à sua procura, encontram-se exaustas. E mais uma vez, Marcos testifica da sensibilidade do Mestre para com àquela gente, ao registrar: “ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e...”. Enquanto isso, os discípulos que haviam sido assistidos por Jesus (v.31), estão sugerindo com as melhores das intenções, ao dizer: “despede-os...” (v.36). Isso mostra que há diferença na maneira como Deus e o homem veem as lutas dessa multidão.
C.     Ilustração
Certa vez um homem, depois de ouvir de um discípulo de Cristo, que este havia encontrado o Messias, recusou-se a aceitar. Algum tempo depois, Jesus o encontrou, e saudou-o nos termos: “Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!” (Jo.1:47). Perguntou Natanael: “Donde me conheces”? Respondeu-lhe Jesus: “antes de Filipe te chamar, eu ti vi, quando estavas debaixo da figueira” (v.48).
D.    Aplicação
1.     No fragor das lutas, muitas vezes somos levados a achar que nos momentos mais cruciais da vida, Deus está indiferente a nós. Achamos que Ele só pode ser encontrado nas coisas espetaculares.
a)     Ilustração
Uma pai depois de perder seu filho famoso, ao ser entrevistados, perguntou: “será que Deus existe?”
 Mas é engano nosso pensar assim.
2.     Como O Senhor esteve ciente da caseira dos discípulos, da desorientação de uma multidão e dos momentos de reflexão de Natanael debaixo da figueira, assim ele se torna ciente das nossas labutas.
3.     Seja sua luta sentimental, física, material, espiritual, financeira ou intelectual, Deus está mais do que ciente. Não deixe que o desânimo te derrote. Converse com Ele e reconheça a presença dEle com você.
Eis o primeiro indicativo de que o Filho de Deus é o melhor da parte dEle para você. Ele é sensível às Tuas Lutas.

II. Ele Foca as Tuas Particularidades (v.31b,34b)
não tinha tempo nem...”, “como ovelhas que não...”
A.    O Senhor Jesus nunca cuida dos seus por atacado. Cada um deles é cuidado de forma individual, e Ele vê suas particularidades, individualmente. Na vida dos discípulos, Ele enxerga a canseira, a exaustão física. Como observou um pregador: “O convite de Jesus ao descanso é a expressão de seu cuidado pastoral pelos discípulos” (Dewey M.M. série cultura bíblica, p.75).
B.     Quanto à multidão, o Senhor vê outra particularidade: a desorientação.  Da frase: “como ovelhas que não tem pastor”, podemos tirar algumas lições:
1.     Uma ovelha sem pastor não pode achar o caminho. A pior coisa na vida de uma pessoa é ela não saber para onde está indo. Foi assim que Jesus viu aquela gente.
2.     Uma ovelha sem pastor não pode achar pastos e alimento. Nenhum lugar além do aprisco, nenhuma pessoa além do pastor pode alimentar verdadeiramente a ovelha. Jesus contemplou uma multidão faminta.
3.     Uma ovelha sem pastor não tem defesa contra os perigos que a ameaçam. Se tem uma coisa que as ovelhas tem de aprender, é que elas não podem viver sem um pastor. Jesus viu aquelas ovelhas ameaçadas.
C.     Ao ver essa situação calamitosa na vida daquela multidão, Jesus se compadece dela. O verbo “Compadecer” indica o “grau mais elevado de simpatia pelo que sofre” (Dewey M.M. série cultura bíblica, p.75). E vale lembrar que esse verbo só é usado para Jesus.
D.    Ilustração
Eu tive um professor no seminário que compartilhou conosco que ao longo de cada mês ele saia para passear com seu casal de filhos, separadamente, pois ele entendia que cada um tinha sua particularidade, e “queria ajudá-los individualmente
E.     Aplicação
1.     Essa é uma bela ilustração de como o Senhor vê os seus discípulos. Nunca Ele mistura num mesmo pacote os problemas de todos eles. Ele sabe que cada um tem seus pontos fortes e fracos. Um estudo cuidadoso das sete cartas registradas em apocalipse, nos ajudará a ver como o Senhor lida com se povo.
2.      Eis uma das razões por que a Bíblia tem resposta para todos os problemas do seu povo. Razão por que Ela fala de coisas registradas há mais de 3000 mil anos, e que nesse século, os estudiosos têm atestado sua veracidade. Este livro é único, pois é o livro do Deus único, que nos vê de forma única.
3.     Portanto, no teu relacionamento com Deus, seja você mesmo. Nunca tente imitar a fé do outro. Também não espere Deus tratar do seu problema da mesma forma como trata com o do seu semelhante.
Eis mais um indicativo de que o Filho de Deus é o melhor da parte dEle para você. Ele Foca as Tuas Particularidades.

III. Ele Mira as Tuas Reais Necessidades (v.31a,34c).
vinde repousar...”, “passou a ensinar-lhes...”
A.    Vez por outra surge o caso de um “profissional da saúde trocando a medicação” do seu paciente. Outros “receitando um determinado remédio”, achando que todas as patologias são iguais. Por outro lado, você nunca verá o médico dos médicos receitando uma medicação invertida, nem indicando um remédio para uma patologia errada.
B.     Com os discípulos, o Senhor lidou com a canseira física. Ele sabia o que causaria as poeiras das estradas da Galileia, o que o sol escaldante poderia provocar.  A expressão um “pouco”, mostra que, “Este ‘pouco’ de Deus, todavia, sempre é algo grande para nós” (Adolf Pohl, Comentário Esperança, p.144).
C.     Já com a multidão, o Mestre passou a mirar a “desorientação” daquele povo. Havia a necessidade de Ele dar-lhes segurança espiritual. O povo estava perdido, sem esperança eterna, enganado pela falsa esperança, sem guia espiritual com uma visão sadia. Nesse contexto, Jesus passa a mostrar-lhes a perspectiva eterna.
D.    Ilustração
Quando Elias fugia de Jezabel, e pediu para si a morte; O Senhor começou pelo estômago do profeta, só depois chegou às questões da alma.
E.     Aplicação
1.     Muitas vezes somos como um agricultor que plantou um milho, e diante de uma estiagem, ele pediu que Deus mandasse chuva, o que foi feito. Diante de muita chuva que pediu que Deus retirasse a chuva, o que foi feito. Diante da estiagem ele pediu mais uma vez a chuva... Diante de mais chuva, ele pediu estiagem. Por fim sua plantação morreu.
2.     Na verdade, somente Deus sabe nossa real necessidade. A grande tragédia na vida de parte do povo de Deus, é sua teimosia em sustentar a sua sabedoria, quanto àquilo que eles precisam. Não é por acaso que Cristo é o nosso Mestre celestial, e conhece as mais profundas necessidades dos seus.
Eis mais um indicativo de que o Filho de Deus é o melhor da parte dEle para você. Ele Mira as Tuas Reais Necessidades.

IV. Ele Te Socorre em Lugares Onde Jamais Você Possa Imaginar (v.35b,,37b)
é deserto este lugar”, “duzentos denários...”
A.    A fé de muita gente é resultado daquilo que os seus olhos veem. Faz parte de nossa natureza caída agir assim. No entanto, o fato de Jesus ter sido introduzido em nossa história, a ponto de morrer em nosso lugar, é um convite para que ajamos a partir de Sua ótica.
B.     Mas a exemplo dos discípulos, nós quase sempre nos apegamos a “escassez do deserto”, e dizemos com eles: “é deserto esse lugar, e já avançada a hora; despede-os para que...” (v.35-36a). Mas Jesus sabiamente os desafia a considerarem aquele lugar, uma oportunidade para vencerem as impossibilidades, ao dizer: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (v.37a). Porém, mais uma vez, os doze “veem apenas a impossibilidade de executá-la” (Adolf, p.77), ao dizer: “iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer?” (v.37). A lógica deles era: se o lugar é pura escassez, quanto mais os recursos.
C.     Porém, o Senhor, Criador e Sustentador deste Universo, entra em atividade, guiando-os “segundo o nível de entendimento” (Adolf ,p.77) deles (v.38). Só que ao fazer isso, Jesus “envolve os discípulos no processo” (Adolf  p.77) (v.38), dando uma tarefa que não exige entendimento, mas somente obediência (v.41). Os (v42-44) indicam o ápice na narrativa, mostrando o Homem perfeito, apresentado por Marcos, o qual é também contrastado com a atitude dos discípulos, diante da multidão necessitada (v.36-36).
D.    Ilustração
Alguém disse que “Uma pessoa emocionalmente superficial precisa de grandes eventos para ter prazer, uma pessoa profunda encontra prazer nas coisas ocultas, nos fenômenos aparentemente imperceptíveis” (Augusto Cury, Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, p.29).
E.     Aplicação
1.     Jesus faz exatamente isso, Ele é experiente em nos surpreender com sua provisão, em lugares jamais imaginados por nós. Precisamos ter mais do que algumas “frases elaboradas por terceiros”, para evidenciarmos de fato a nossa confiança Nele.
2.     Este é o Deus que foi com Abraão em terras estranhas, com Jacó quando este se tornou isca de um oportunista, com Moisés diante do poder do Egito, como José quando injustiçado, com Daniel na cova dos Leões, com Jeremias num poço lamacento, com Jesus no túmulo e com Paulo em vários perigos.
3.     Diante disso, você não precisa negar o seu “deserto escasso”, mas também não esqueça que mesmo lá, Deus pode manifestar sua providência. E ainda mais, Ele pode te usar para escrever a história que Ele quer escrever acerca do seu momento.

Conclusão       

Talvez você já ouviu, leu ou cantou a frase "o melhor de Deus ainda está por vir". Pois é, esta é um equivocada compreensão da providência divina, visto que o melhor de Deus já veio- Jesus. Por qual razão? Porque... 
1 Ele é Sensível às tuas lutas;  
2. Ele Foca as Tuas Particularidades;  
3. Ele Mira as Tuas necessidades e; 
 4. Ele Te Socorre em Lugares Onde Você jamais Possa Imaginar. 
Valorize, portanto, o melhor de Deus para você, em sua vida. 
Maranata! Vem, Ó Nosso Senhor!