segunda-feira, 13 de julho de 2015

A Santidade Que se Faz Necessária em Tempos Difíceis

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Texto: 1Pe.1:13-21
Introdução
Semana passada, fui ao cabeleireiro, e ao chegar lá, fui surpreendido com uma película na porta de vidro. Do lado de fora era impossível ver qualquer coisa que estava do lado de dentro. Eu não sabia se batia na porta ou se voltava para casa. Em meio às dúvidas, fui recepcionado pelo dono do salão, que via do lado de dentro, a minha indecisão do lado de fora.
Enquanto pairava em minha mente algumas dúvidas, ele me disse: “Adão, de agora em diante, o salão funcionará com a porta trancada”. E brincou dizendo: “estou informando aos clientes que aguardam a sua vez, que eles servirão de porteiros, e sempre que alguém chegar, um deles tem que destrancar a porta”. E, concluiu dizendo: “estamos em fase de adaptação”. Queridos, qualquer tentativa desta natureza é uma decisão de “autodefesa”, quando alguém está sob ameaça em determinada circunstância.
Na vida cristã não é diferente, diante dos desafios que enfrentamos, quase sempre, nos posicionamos com atitudes de “autodefesa”.  Essa era a tendência dos leitores de Pedro. O contexto é de perseguição, desafios, tempos de muitas dificuldades, etc. E os leitores do apóstolo em meio a tudo isso, corriam o risco de se autoproteger indevidamente. O mesmo ocorre conosco, é assim que agimos.
Diante desse mal em potencial, Pedro os lembra da sua eleição (v.2), os informa da gloriosa esperança a que foram chamados (v.3) e os desafia a enfrentarem as lutas com equilíbrio (v.6). Mas vejam que, não era suficiente eles, apenas, lembrarem dessas coisas, mas assumirem um estilo de vida santa, o qual serviria de antídoto contra as medidas de autodefesa.
Diante disso, quais são as atitudes que classificam os crentes como tendo um estilo de vida santo, diante de determinadas circunstâncias? Em outras palavras: como agir à maneira de Deus? Vejamos um vislumbre disso!

I.  Concentrar-se na Graça de Cristo v.13
“... esperai inteiramente na graça...”
A.    E expressão “por isso” é usada pelo escritor, para chamar a atenção dos seus leitores para o que acabara de dizer entre os (v.3-12). Em outras palavras, “concentrar-se na graça de Cristo”, é e deve ser resultado da manifestação das misericórdias do Senhor em nossas vidas, por meio da obra de Cristo.
B.     O reconhecimento dessa obra realizada por Deus em nosso favor, deve nos levar a cercar a nossa mente de cuidados, de forma a protegê-la dos desvios que podem atingi-la. Por isso Pedro diz: “cingindo o vosso entendimento”. Esta é uma metáfora/ analogia/ comparação extraída das vestimentas orientais, em que as pessoas usavam longos vestidos, os quais eram assessorados por um cinto na altura do peito. Sempre que havia maior necessidade de mobilização, parte da roupa era suspendida e presa sob o sinto, deixando a pessoa mais ágil.
1.     Ilustração
Talvez uma boa ilustração seja um vestido cumprindo que uma mulher de nossos dias, usa; e quando quer andar sem maiores impedimentos, suspende-o com as mãos.
C.     Então, a advertência de Pedro, é que devemos proteger o nosso entendimento, isto é, ser firme nos pensamentos que devem estar de acordo com o que recebemos em Cristo. Além disso, observe que, cingir o entendimento, deve ter como desfecho a sobriedade: “sede sóbrios”. A ideia aqui é a de não ser embriagado por qualquer outra forma de ver e agir na vida, diante dos desafios advindos por ser cristão.
D.    Desta forma, o chamado do crente é se agarrar ao que surge da graça, cuja fonte é Cristo Jesus, pois diz Pedro: “esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo”. A frase “revelação de Jesus Cristo” refere-se ao nosso resgate final. É uma descrição escatológica, mostrando que, por mais que tenhamos raízes neste mundo, entendamos que um dia, seremos resgatados.
E.     Ilustração
Alguém foi feliz quando disse: “O cristão pode viver agradecido por todas as misericórdias do passado, resolvido a enfrentar o desafio do presente e com a esperança certa de que em Cristo o melhor está ainda por chegar

F.     Aplicação
1.     É por essa razão que Pedro nos chama a atenção para fixarmos os olhos na graça de Cristo. Conforme diz o salmista: “a tua graça é melhor do que a vida” (Sl.63:3). Essa é a mesma razão de Paulo dizer:
Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, morramos ou vivamos, somos do Senhor” (Rm.14:8).
2.     Não é à toa que Satanás tenta de todos os modos influenciar o cristão a recusar-se a se submeter aos planos do Mestre, mesmo em momentos difíceis. Ele é um sujeito preso ao aqui e agora. Mas Pedro quer que coloquemos os nossos olhas no que temos de melhor.
Eis aqui a primeira atitude de um estilo de vida santo, diante de determinadas circunstâncias. Concentrar-se na Graça de Cristo.

II. Recusar Atitudes do Antigo Estilo de vida v.14, 17c
“... não vos amoldeis...”, “portai-vos com temor...”
A.    O mundo de onde os leitores de Pedro vieram era de pura ignorância. Era um mundo onde nada menos que a imaginação humana era a senhora dos prazeres. Mas vejam que houve uma transição com aqueles aos quais o apóstolo escreve sua carta. Ele os chama de “filhos da obediência” (v.14a). A expressão dá a entender que ser filho é “levar uma vida que expresse obediência” (Ênio Mueller, 1Pedro- introdução e comentário, p.100).
B.     E por serem filhos da obediência, eles deveriam recusar a antiga forma de pensar e agir “... não vos amoldeis às paixões...” (v.14). A exortação de Pedro tem três elementos importantes:
1.     O tempo das antigas paixões ficou para trásque tínheis”. Isso significa que agir como outrora não combina mais com o crente.
2.     Essas paixões eram resultado da ignorânciana vossa ignorância”. Mas agora eles haviam sido resgatados, iluminados para obedecerem a um novo sistema.
3.     Eles são desafiados a serem diferentesnão vos amoldeis”. Traz a ideia de não “assumir a forma de alguma coisa” (Ênio, p.101), neste caso, referindo-se as paixões do passado. Podemos ver o mesmo desafio em (Rm.12:2).
C.     Tendo apontado o que eles não deveriam fazer, Pedro os desafia a seguirem o caminho oposto, pois diz ele: “tornai-vos santos... em todo o vosso procedimento” (v.15b). A frase “em todo o vosso procedimento”, indica cada atitude que o crente possa manifestar, refere-se ao todo de sua vida. E qual é o ponto de referência? Responde Pedro: “segundo é santo aquele que vos chamou”. (v.15a). Deus é o padrão do que é certo e errado.
D.    O (v.17) reforça o chamado de Deus para os seus filhos, diante de determinadas circunstâncias.   “Portai-vos com temor”, é um chamado a se lembrarem do Deus que fala tanto no AT quanto no NT, chamando os crentes a viverem de conformidade com a sua vontade. E, vejam, que esse desafio vem acompanhado de uma advertência “Ora, se invocais como pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obra de cada um...”. (v.17a).
E.     Aplicação
1.     Queridos, querer viver do modo como vivíamos antes de conhecer a Cristo, é tentar alimentar a nossa antiga religião, composta de muitos deuses. E isso se chama idolatria. E como disse um pregador: “onde há idolatria, há um deslocamento da pessoa de Deus” (Pr. Roque Albuquerque, Novo Perspectiva em Paulo- vídeo). E Pedro queria que não somente os seus leitores, mas a todos quanto sua carta alcançasse, fugissem dessa postura.
2.     Precisamos por exemplo, abandonar a busca por justiça, numa sociedade de valores destorcidos. “Paixões carnais” no (v.14), provavelmente, estejam associadas a reivindicar os direitos por meio do protesto. Não vamos esquecer que o nosso alvo deve ser a manifestação do nosso General (v.13b).
Eis aqui a segunda atitude de um estilo de vida santa, diante de determinadas circunstâncias. Recusar Atitudes do Antigo Estilo de vida.

III. Focar o Melhor de Deus em Cristo v.18-21 esp. 21
“... de sorte que a vossa fé...”
A.    Deus, da ótica de Pedro, não pagou o preço da redenção dos seus eleitos, com qualquer coisa (v.18). Essa informação eleva o valor que os salvos devem dar à obra da redenção (2:1). Ao falar do melhor de Deus, Pedro destaca algumas preciosidades:
1.     A redenção dos eleitos é um fato.Sabendo que... fostes resgatados...” (v.18). Deus não tentou alcançar um coração duro, Ele quebrou esse coração duro e inclinou-o para Si. E os que foram atingidos por essa graça, têm consciência disse, pois diz “sabendo que...”.
2.     A redenção dos eleitos resulta de um planejamento na eternidade passada e se cumpre na morte de Cristo. “Pelo precioso sangue... conhecido... antes da fundação do mundo... porém manifestado...” (v,19a, 20a). O preço da nossa redenção não resultou de um acidente na história.
3.     A redenção é confirmada por um evento histórico. “o qual o ressuscitou dentre os mortos” (V.21a). A morte não deteve Cristo, visto que Ele veio com um propósito: “por causa da nossa justificação” (Rm.4:25).
B.     Depois de dar toda essa explicação, Pedro então desafia os seus leitores a focar o melhor de Deus, quando diz: “de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus” (v.21b). Mais uma vez, devemos lembrar que “fé e esperança” estão relacionadas à expectativa do crente acerca da volta de Cristo. Isso significa que o mundo até pode assolar o cristão, mas em meio a tudo isso, ele permanece de olho no seu Galardoador.
C.     Ilustração
Na “igreja conta sua bênção”, diz que em um dos cultos onde as pessoas deveriam formar uma fila e contar sua “bênção”, uma senhora disse: “pastor, eu fui salva por Jesus”. Aquele homem não se contentado com o testemunho, sugeriu: “irmã, agora, conta a bênção”.
D.    Aplicação
1.     Irmãos, esse é um evangelho falso. As pessoas não se satisfazem com o que Deus lhes oferece em Cristo. Essa postura fabrica crentes enganados e enganadores.  Mas a obra de Cristo é única, singular. É um projeto elaborado na eternidade passada, cumprido num tempo pontual, e aplicado à vida dos eleitos.
2.     Não deixemos nos enganar, andemos com Deus independentemente do contexto em que vivemos. Como disse alguém: “o mundo está em crise, mas Deus não está em crise”. Portanto, sigamos o conselho do escritor da carta aos hebreus, que diz:
também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,” (Hb.12:12).
Conclusão
O mundo em que vivemos está desenfreado em suas loucuras, porém, nós não temos que perder as estribeiras, mas em vez disso, podemos mirar uma vida santa, que chama o crente a:
1.     Concentrar-se na Graça de Cristo;
2.     Recusar Atitudes do Antigo Estilo de vida e;
3.     Focar o Melhor de Deus em Cristo.

porque escrito está: Sede santos, por que sou santo” (v.16).

domingo, 5 de julho de 2015

Por que Jesus É o Melhor de Deus Para Você?

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Marcos 6:30-44
Introdução
Um velho mestre ao saber que o seu discípulo estava sendo traído por sua esposa, tentou de todas as formas avisá-lo daquela crueldade. Mas o jovem loucamente apaixonado não queria acreditar, apesar de ter o seu mestre na mais alta consideração. Ele até achava que a idade avançada do velho era a razão da sua loucura.
O senhor idoso esperou uma oportunidade, e com muito esforço, colocou o seu discípulo na cena da traição. Após ver a cena horrorosa, o jovem traído se dirigiu ao seu guru, e lhe disse: “quando o senhor tentou abrir os meus olhos, pensei que estavas louco. Mas agora vejo que o senhor não é louco, mas o meu amigo”. E arrematou: “obrigado mestre, pois agora sei que te importas de verdade, comigo”.
Na caminhada cristã, às vezes sem perceber, achamos que o Senhor e Salvador Jesus é um louco, na maneira como Ele insiste em cuidar de nós. A razão é que estamos tão apaixonados pela a nossa ótica de ver a vida, que suspeitamos do Seu cuidado para conosco.
Mas Deus nesta noite, tem um recado especial para você, acerca de como tu podes encarar o Seu Filho amado, como o melhor da parte dEle para você. Diante disso, vejamos por que Cristo é o melhor de Deus para você!

I. Ele é Sensível às Tuas Lutas (v.31,34)
vinde repousar”, “não tinha tempo”, ”eram como...”
A.    No primeiro versículo, o Senhor lida com os discípulos que tinham retornado de uma missão (v.7,30). Jesus não dá a eles outra missão, até lhes proporcionar recuperação da canseira, causada pela primeira (v.31). Ele é como um médico esportivo, que sabe até onde o atleta pode ir.
B.     No segundo versículo, o Senhor passa a observar um grupo de pessoas que, depois de andarem uma grande distância (16 km) à sua procura, encontram-se exaustas. E mais uma vez, Marcos testifica da sensibilidade do Mestre para com àquela gente, ao registrar: “ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e...”. Enquanto isso, os discípulos que haviam sido assistidos por Jesus (v.31), estão sugerindo com as melhores das intenções, ao dizer: “despede-os...” (v.36). Isso mostra que há diferença na maneira como Deus e o homem veem as lutas dessa multidão.
C.     Ilustração
Certa vez um homem, depois de ouvir de um discípulo de Cristo, que este havia encontrado o Messias, recusou-se a aceitar. Algum tempo depois, Jesus o encontrou, e saudou-o nos termos: “Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!” (Jo.1:47). Perguntou Natanael: “Donde me conheces”? Respondeu-lhe Jesus: “antes de Filipe te chamar, eu ti vi, quando estavas debaixo da figueira” (v.48).
D.    Aplicação
1.     No fragor das lutas, muitas vezes somos levados a achar que nos momentos mais cruciais da vida, Deus está indiferente a nós. Achamos que Ele só pode ser encontrado nas coisas espetaculares.
a)     Ilustração
Uma pai depois de perder seu filho famoso, ao ser entrevistados, perguntou: “será que Deus existe?”
 Mas é engano nosso pensar assim.
2.     Como O Senhor esteve ciente da caseira dos discípulos, da desorientação de uma multidão e dos momentos de reflexão de Natanael debaixo da figueira, assim ele se torna ciente das nossas labutas.
3.     Seja sua luta sentimental, física, material, espiritual, financeira ou intelectual, Deus está mais do que ciente. Não deixe que o desânimo te derrote. Converse com Ele e reconheça a presença dEle com você.
Eis o primeiro indicativo de que o Filho de Deus é o melhor da parte dEle para você. Ele é sensível às Tuas Lutas.

II. Ele Foca as Tuas Particularidades (v.31b,34b)
não tinha tempo nem...”, “como ovelhas que não...”
A.    O Senhor Jesus nunca cuida dos seus por atacado. Cada um deles é cuidado de forma individual, e Ele vê suas particularidades, individualmente. Na vida dos discípulos, Ele enxerga a canseira, a exaustão física. Como observou um pregador: “O convite de Jesus ao descanso é a expressão de seu cuidado pastoral pelos discípulos” (Dewey M.M. série cultura bíblica, p.75).
B.     Quanto à multidão, o Senhor vê outra particularidade: a desorientação.  Da frase: “como ovelhas que não tem pastor”, podemos tirar algumas lições:
1.     Uma ovelha sem pastor não pode achar o caminho. A pior coisa na vida de uma pessoa é ela não saber para onde está indo. Foi assim que Jesus viu aquela gente.
2.     Uma ovelha sem pastor não pode achar pastos e alimento. Nenhum lugar além do aprisco, nenhuma pessoa além do pastor pode alimentar verdadeiramente a ovelha. Jesus contemplou uma multidão faminta.
3.     Uma ovelha sem pastor não tem defesa contra os perigos que a ameaçam. Se tem uma coisa que as ovelhas tem de aprender, é que elas não podem viver sem um pastor. Jesus viu aquelas ovelhas ameaçadas.
C.     Ao ver essa situação calamitosa na vida daquela multidão, Jesus se compadece dela. O verbo “Compadecer” indica o “grau mais elevado de simpatia pelo que sofre” (Dewey M.M. série cultura bíblica, p.75). E vale lembrar que esse verbo só é usado para Jesus.
D.    Ilustração
Eu tive um professor no seminário que compartilhou conosco que ao longo de cada mês ele saia para passear com seu casal de filhos, separadamente, pois ele entendia que cada um tinha sua particularidade, e “queria ajudá-los individualmente
E.     Aplicação
1.     Essa é uma bela ilustração de como o Senhor vê os seus discípulos. Nunca Ele mistura num mesmo pacote os problemas de todos eles. Ele sabe que cada um tem seus pontos fortes e fracos. Um estudo cuidadoso das sete cartas registradas em apocalipse, nos ajudará a ver como o Senhor lida com se povo.
2.      Eis uma das razões por que a Bíblia tem resposta para todos os problemas do seu povo. Razão por que Ela fala de coisas registradas há mais de 3000 mil anos, e que nesse século, os estudiosos têm atestado sua veracidade. Este livro é único, pois é o livro do Deus único, que nos vê de forma única.
3.     Portanto, no teu relacionamento com Deus, seja você mesmo. Nunca tente imitar a fé do outro. Também não espere Deus tratar do seu problema da mesma forma como trata com o do seu semelhante.
Eis mais um indicativo de que o Filho de Deus é o melhor da parte dEle para você. Ele Foca as Tuas Particularidades.

III. Ele Mira as Tuas Reais Necessidades (v.31a,34c).
vinde repousar...”, “passou a ensinar-lhes...”
A.    Vez por outra surge o caso de um “profissional da saúde trocando a medicação” do seu paciente. Outros “receitando um determinado remédio”, achando que todas as patologias são iguais. Por outro lado, você nunca verá o médico dos médicos receitando uma medicação invertida, nem indicando um remédio para uma patologia errada.
B.     Com os discípulos, o Senhor lidou com a canseira física. Ele sabia o que causaria as poeiras das estradas da Galileia, o que o sol escaldante poderia provocar.  A expressão um “pouco”, mostra que, “Este ‘pouco’ de Deus, todavia, sempre é algo grande para nós” (Adolf Pohl, Comentário Esperança, p.144).
C.     Já com a multidão, o Mestre passou a mirar a “desorientação” daquele povo. Havia a necessidade de Ele dar-lhes segurança espiritual. O povo estava perdido, sem esperança eterna, enganado pela falsa esperança, sem guia espiritual com uma visão sadia. Nesse contexto, Jesus passa a mostrar-lhes a perspectiva eterna.
D.    Ilustração
Quando Elias fugia de Jezabel, e pediu para si a morte; O Senhor começou pelo estômago do profeta, só depois chegou às questões da alma.
E.     Aplicação
1.     Muitas vezes somos como um agricultor que plantou um milho, e diante de uma estiagem, ele pediu que Deus mandasse chuva, o que foi feito. Diante de muita chuva que pediu que Deus retirasse a chuva, o que foi feito. Diante da estiagem ele pediu mais uma vez a chuva... Diante de mais chuva, ele pediu estiagem. Por fim sua plantação morreu.
2.     Na verdade, somente Deus sabe nossa real necessidade. A grande tragédia na vida de parte do povo de Deus, é sua teimosia em sustentar a sua sabedoria, quanto àquilo que eles precisam. Não é por acaso que Cristo é o nosso Mestre celestial, e conhece as mais profundas necessidades dos seus.
Eis mais um indicativo de que o Filho de Deus é o melhor da parte dEle para você. Ele Mira as Tuas Reais Necessidades.

IV. Ele Te Socorre em Lugares Onde Jamais Você Possa Imaginar (v.35b,,37b)
é deserto este lugar”, “duzentos denários...”
A.    A fé de muita gente é resultado daquilo que os seus olhos veem. Faz parte de nossa natureza caída agir assim. No entanto, o fato de Jesus ter sido introduzido em nossa história, a ponto de morrer em nosso lugar, é um convite para que ajamos a partir de Sua ótica.
B.     Mas a exemplo dos discípulos, nós quase sempre nos apegamos a “escassez do deserto”, e dizemos com eles: “é deserto esse lugar, e já avançada a hora; despede-os para que...” (v.35-36a). Mas Jesus sabiamente os desafia a considerarem aquele lugar, uma oportunidade para vencerem as impossibilidades, ao dizer: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (v.37a). Porém, mais uma vez, os doze “veem apenas a impossibilidade de executá-la” (Adolf, p.77), ao dizer: “iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer?” (v.37). A lógica deles era: se o lugar é pura escassez, quanto mais os recursos.
C.     Porém, o Senhor, Criador e Sustentador deste Universo, entra em atividade, guiando-os “segundo o nível de entendimento” (Adolf ,p.77) deles (v.38). Só que ao fazer isso, Jesus “envolve os discípulos no processo” (Adolf  p.77) (v.38), dando uma tarefa que não exige entendimento, mas somente obediência (v.41). Os (v42-44) indicam o ápice na narrativa, mostrando o Homem perfeito, apresentado por Marcos, o qual é também contrastado com a atitude dos discípulos, diante da multidão necessitada (v.36-36).
D.    Ilustração
Alguém disse que “Uma pessoa emocionalmente superficial precisa de grandes eventos para ter prazer, uma pessoa profunda encontra prazer nas coisas ocultas, nos fenômenos aparentemente imperceptíveis” (Augusto Cury, Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, p.29).
E.     Aplicação
1.     Jesus faz exatamente isso, Ele é experiente em nos surpreender com sua provisão, em lugares jamais imaginados por nós. Precisamos ter mais do que algumas “frases elaboradas por terceiros”, para evidenciarmos de fato a nossa confiança Nele.
2.     Este é o Deus que foi com Abraão em terras estranhas, com Jacó quando este se tornou isca de um oportunista, com Moisés diante do poder do Egito, como José quando injustiçado, com Daniel na cova dos Leões, com Jeremias num poço lamacento, com Jesus no túmulo e com Paulo em vários perigos.
3.     Diante disso, você não precisa negar o seu “deserto escasso”, mas também não esqueça que mesmo lá, Deus pode manifestar sua providência. E ainda mais, Ele pode te usar para escrever a história que Ele quer escrever acerca do seu momento.

Conclusão       

Talvez você já ouviu, leu ou cantou a frase "o melhor de Deus ainda está por vir". Pois é, esta é um equivocada compreensão da providência divina, visto que o melhor de Deus já veio- Jesus. Por qual razão? Porque... 
1 Ele é Sensível às tuas lutas;  
2. Ele Foca as Tuas Particularidades;  
3. Ele Mira as Tuas necessidades e; 
 4. Ele Te Socorre em Lugares Onde Você jamais Possa Imaginar. 
Valorize, portanto, o melhor de Deus para você, em sua vida. 
Maranata! Vem, Ó Nosso Senhor!

terça-feira, 17 de março de 2015

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Os Efeitos do Novo Nascimento
Texto: 1Jo.5:1-5; 3:1-10
Introdução
Quando olhamos para o ensino, observamos que para detectar se o aluno aprendeu, alguns testes são realizados, sejam por meio de provas, trabalhos ou seminários. Na saúde, na vigilância sanitária, entre outras áreas, também se procede por meio de testes, para detectar de as coisas estão de acordo com o recomendado. Essa semana, por exemplo, um hipermercado foi interditado por órgãos fiscalizadores aqui em João Pessoa. Aplicado os testes, foi achado em falta.
Na nova vida em Cristo não é diferente. A obra de Cristo foi tão eficiente, que os que têm sido alcançados por ela, evidenciam que são do Senhor. Em outras palavras, os que são de Cristo, se submetidos aos testes da Palavra de Deus, especialmente ao conteúdo da carta de 1João, não serão achados em falta. Como disse o velho João: “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem essa esperança, assim como ele é puro” (1Jo.3:3).
Por que isso é importante? Porque segundo escritor, ao escrever a sua carta, tinha entre outros objetivos, mostrar que os verdadeiros cristãos têm a vida eterna (5:13). Porém, essa vida eterna é evidenciada pelo estilo de vida dos conversos (1:5-6; 2:1,3-6). Logo, aplicado os testes, os salvos surgem.
Com isso em mente, eu gostaria de compartilhar com vocês alguns dos efeitos que resultam do novo nascimento.
I. Uma Correta Compreensão da União do Crente com Cristo (5:1-3).
A.     Para compreender esse principio, é importante conhecer o contexto no qual João escreve. Dentre outras coisas, havia entre os leitores do apóstolo, pessoas negando a encarnação do Senhor Jesus Cristo. Então para João, pertencer a Deus, significa professar Jesus com todas as descrições acerca dEle, apresentadas ao longo das Escrituras “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo” (v.1).
B.     Dentre as descrições que a Bíblia faz acerca de Senhor Jesus, há aquelas de ordem do sofrimento, em prol dos seus (Is.53:4,5).
Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas sua pisaduras fomos sarados
Essa citação é importante porque ao relacionar o novo nascimento à crença da natureza humana de Cristo, João espera duas coisas da parte dos salvos:
1.     Um sincero relacionamento com o seu irmão (v.1b). Amar a Deus é amar o irmão em Cristo. E, mais, amar o irmão Cristo é demonstrado à medida que a pessoa ama a Deus e considera os Seus mandamentos (v.2). Não há nenhuma ação, inclusive o amor, por mais bem intencionada que seja, desconectada da Palavra de Deus.
2.     Uma visão correta dos mandamentos divinos (v.3b). Nada daquilo que Deus pede dos Seus servos é demais para eles. O fracasso em seguir a vontade de Deus não se deve a falta de fé; mas a falta em obedecer a Deus.
 Enfim, nossa união com Cristo envolve conhecê-Lo como descrito nas Escrituras, e segui-Lo no trato com os outros.
C.     Aplicação
1.     A crença de muita gente é como uma salada de fruta. Tem um pouco do Edi, do RR, do chapéu de couro, do Malafaia, etc. O pior de tudo é que muitos não podem perceber o vento bater numa direção, que logo seguem em busca de uma nova aventura. 
2.     Não tempo de João havia muito vento, vindo de diferentes direções. Mas a exemplo de um bom pastor, ele alertou os seus leitores dos perigos de uma falsa conversão. Para ele, ser salvo é entender o que significa seguir a Cristo.
3.     Associado a isso, importar com o meu irmão é colocar-me ao seu lado, inclusive, ajudando-o a não se enganar ao longo da sua caminhada com o Senhor. O próprio João é exemplo de alguém que ama de fato aqueles que Deus colocou em sua vida, alertando-os dos perigos (3:7a).
Eis aqui o primeiro efeitos que resultam do novo nascimento. Uma Correta Compreensão da União do Crente com Cristo.

II. Uma Correta Compreensão do que Significa Vencer o Mundo (v.4-5).
A.   A grande luta que o cristão enfrente no seu dia a dia é obedecer a Deus. Diante disso, guardar o os mandamentos de Deus é sempre um desafio, mas não impossível, pois diz o apóstolo: “os mandamentos de Deus não são penosos” (v.3b). Ao afirmar isso, João fundamenta o seu ensino no fato que “todo o que é nascido de Deus vence” (v.4a).
B.   Mas vejam que vencer nada tem a ver com determinar, como se houvesse palavra mágica, mas como resultado da nossa fé (v.4b,5). Toda a nossa postura e decisão em seguir o plano de Deus para a nossa vida, são resultado do nosso vínculo com o Filho de Deus (v.5). Em outras palavras, sem entender e praticar o que está envolvido entre nós e o Senhor Jesus é impossível vencer. Observe a pergunta de João: “quem é o que vence....? A sua resposta é: “senão aquele que crê...?
C.   Aplicação
1.     Queridos, a nossa maior luta não são as péssimas condições políticas, econômicas e sociais do nosso atual Brasil. A maior de todas as nossas lutas é nos encontrarmos dentre da vontade de Deus para a nossa vida. Temos um Deus soberano conduzindo a nossa história, e nada, absolutamente nada irá frustrar o Seu plano, nem mesmo nós.
2.     Fomos chamados para glorificar O Deus eterno em tudo que fazemos.
Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer; fazei tudo para a glória de Deus” (1Co.10:31).
E tudo o que fizerdes, seja em palavras, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus dando por ele graças a Deus” (Cl.3:17) .
O grande desafio da igreja do século XXI é se encontrar obedecendo a Deus.
3.     Diante disso, lhes desafio a rever o que mais lhe traz alegria: se encontrar dentro da vontade de Deus, ou alcançar os seus mais preciosos projetos de vida. Sejam eles legítimos ou não. O que é ser um vencedor para você? Pense sobre isso.
Eis aqui mais um efeito do novo nascimento. Uma Correta Compreensão do que Significa Vencer o Mundo

III. Uma Correta Compreensão de Estar Livre da Prática do Pecado (1Jo.3:1-10).
A.   Em toda a história do povo de Deus, um dos princípios que rege essa história é o fato que, por ser Deus um Deus Santo, os seus filhos devem ser santos. Isso não significa perfeição, visto que enquanto nesse corpo pecaremos, mas significa uma constante luta contra o pecado. Dessa forma, a perfeição é um alvo, mesma sabendo que nessa vida não a alcançaremos; mas com a certeza de que Cristo nos apresentará sem mácula nem ruga (Ef.5:27).
B.   Estabelecido isso, vejam os fatores que nos ajudarão a entender o que significa estar livre das amarras do pecado.
1.     A grandeza do amor de Deus para conosco (v.1-2). Não valíamos nada, mas assim mesmo o Senhor resolveu nos amar em Cristo Jesus.
2.     A consciência que devemos ter de que o pecado é sempre um entrave (v.3-6). A caminhada do crente é marcada por uma constante luta contra o pecado (v.3). Essa luta é uma das marcas do salvo (v.6a).
3.     O estilo de vida define quem é do Senhor e quem não é (v.7-10). Não existe meio termo. Quem foi justificado pelo sangue de Cristo é conhecido pelas práticas justas (v.7). O que não podemos dizer do contrário (v8).
C.   Aplicação
1.     Queridos, não faria nenhum sentido se o Senhor Jesus vindo a esse mundo, sofresse, morresse e ressuscitasse, e se na aplicação do seu sacrifício na vida de um individuo, não produzisse nenhuma mudança. Falando da morte de Cristo, Paulo afirmou:
E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2Co.5:15).
2.     Andar em novidade de vida deve ser o maior empreendimento do cristão (2Co.5:17). E essa decisão é algo individual. Quando indagado por uma multidão que ouvia a pregação da Palavra de Deus, sobre o que deveriam fazer, respondeu-lhes Pedro:
Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo” (At.2:38).
3.     Diante disso, saibam que andar com Cristo não é ser perfeito, mas ser sensível ao estrago que o pecado pode fazer em suas vidas. Amem a Cristo, andem com Cristo e vivam com e para Cristo, e vocês serão as mais preciosas testemunhas da sua graça.
Conclusão
Portanto, se no ensino, saúde, vigilância sanitária, entre outras áreas, existem requisitos para provar se as coisas estão funcionando como manda a cartilha, na vida cristã não é diferente. efeitos na vida daqueles que nasceram de novo.
1.     Uma Correta Compreensão da União do Crente com Cristo.
2.     Uma Correta Compreensão do que Significa Vencer o Mundo.
3.     Uma Correta Compreensão de Estar Livre da Prática do Pecado.
Leiamos (Romanos 6:1-7)

Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado.     
Pensem nisso!