segunda-feira, 19 de janeiro de 2015


Instrumentos nas Mãos do Redentor


Texto: At.16:27-34

Introdução
Paul Davi Tripp em seu livro: Instrumentos nas mãos do Redentor, disse uma verdade desacreditada hoje em dia por muitos que se dizem cristãos. A verdade é: “uma ajuda que transforma o coração, nunca será encontrada no entulho das ideias humanas” (p.26).
Ao dizer isso, ele fundamentou-a dizendo: “Se um sistema pudesse nos dar o que precisamos, Jesus nunca teria vindo” (p.27). Essa é a percepção de quem sabe do valor da encarnação, morte, ressurreição e ascensão de Cristo. 
E é exatamente isso que Paulo e Silas estão fazendo na cidade de Filipos. Eles sabiam que a morte de Cristo não aconteceu sem uma razão. Com essa compreensão, os dois homens estão unidos na propagação dessa mensagem. Paulo em particular era um “instrumento escolhido para levar o nome [Senhor] perante os gentios e reis” (9:15). Sabedor disso, ele afirmou:
sem detença, não consultei carne e sangue” (Gl.1:16).
logo, já não sou eu quem vive,, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl.2:20).
E mais, disse ele:
Pois estou pronto... até para morrer... em nome do Senhor” (At.21:13).
Por qual vantagem? Simples! Disse ele:
“Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Gl.1:21).
Diante dessas informações, a pergunta que devemos fazer é: o que se REQUER de nós para sermos “instrumentos nas mãos do Redentor? Vejamos!

I.  Que sejamos Expositores dos Perigos do Inferno v.27-28
A.      Depois de Gênesis três, todos os homens se tornaram alienados de Deus. “Todos pecaram e carecem da glória Deus” (Rm.3:23). “Todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis” (Rm. 3:12). Por causa disso, todos os descendentes de Adão, são capazes de atos egoístas, como tirar a própria vida, como foi o caso desse personagem.
B.       É claro que há por trás da sua atitude, uma pressão, por causa do castigo que ele receberia, caso os presos fugissem, mas o que imperou e o levou àquela ação foi nada menos que a herança que ele recebeu do primeiro Adão.
C.       Mas diante do desespero do carcereiro, entra em cena alguém, agora, descendente do segundo Adão, com discernimento suficiente para ajudar o AINDA descendente do primeiro Adão, acerca do perigo que ele corria, bradando em alta voz: “não te faças nenhum mal”. Aquele homem não precisaria andar mais no caminho da escuridão.
D.      Ilustração
Nosso problema mais profundo é que buscamos encontrar nossa identidade fora da história da redençãoP. D. Tripp, p.52.
E.        Aplicação
1.     Diante disso, os que já foram feitos descendente do segundo adão, devem levar aos perdidos, essa notícia do seu estado de escravidão. Ao fazer isso, apontem para o Redentor; e isso começa quando se brada em alto e bom som, os perigos do inferno.
2.     Anuncie aos seus filhos, parentes, amigos, vizinhos e aos desesperados, que “não há salvação em nenhum outro; porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At.4:12). Diga-lhes que todas as tentativas humanas são inúteis e não podem sarar a chaga que há em cada homem sem Cristo.
É isso que se REQUER de nós se queremos ser “instrumentos nas mãos do Redentor”: Exímios Expositores dos perigos do inferno.

II. Que sejamos Expositores da Graça que Há em Cristo v.29-31
   A.    Os mesmos lábios que bradaram os perigos, também bradaram, anunciando o Libertador. Ao se apresentar trêmulo diante de Paulo e Silas, o carcereiro ouviu de forma clara e objetiva, sobre o que deveria fazer.  O homem em desespero é direcionado para a cruz: “crê no Senhor Jesus e serás salvo...” (v.31).
   B.    Agora, observe que há uma diferença de reação à mensagem entre o ouvinte dos apóstolos e o ouvinte dos nossos dias. Este quando muito, depois de ouvir um sermão diz: “que belo sermão”; mas àquele, perguntava: “que devo fazer para ser salvo?”.
   C.     Talvez essa diferença se dê pelo fato de os apóstolos tratarem com mais seriedade a redenção que há em Cristo Jesus, e transmitirem isso com tudo que tinham. Vamos lembrar que em meio a prisões e açoites (v.22), os dois soldados de Cristo adentraram a madrugada louvando a Deus, como forma de testemunho (v.25).
   D.    A graça de Deus para eles era muito mais do apenas recebê-la como se fosse barreira de contenção, livrando-os do inferno. Por traz dessa graça eles viam propósito, soberania e alistamento para os seus soldados (Rm.8:28).
   E.     Por isso que o tumultuo promovido pelos os senhores (v.19) daquela jovem escrava de Satanás e suas conseqüências foram vistos como oportunidade de pregar a graça que há em Cristo.  Não tenho dúvidas que a postura desses dois soldados convenceu o carcereiro.
   F.     Aplicação
      1.     Nos dias de Cristo, alguns O admiravam porque Ele “falava como quem tem autoridade”. O problema dessa admiração é que ela pode apenas tornar alguém mero observador, sem nenhuma convicção do que implica o sacrifício de Cristo na Cruz.
     2.     Portanto falemos às pessoas que Cristo “foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação” (Rm.4:25). Anunciemos que ele é o único “Autor e Consumador da fé...” (Hb.12:2), bem como “há um só Deus e um só Mediador entre Deus e o homem, Cristo Jesus homem”(1Tm.2:5).
     3.     Permitamos que a nossa vida e os nossos lábios esbanjem a graça do Nosso Senhor, aos que vivem ao nosso redor sem esperança. Fomos chamados para proclamar “as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe.2:9).
É isso que se REQUER de nós se queremos ser “instrumentos nas mãos do Redentor”: Exímios Expositores da graça que há em Cristo Jesus.

III. Que sejamos Expositores dos Fundamentos da Fé Cristã v.32-33
   A.    De tudo que já estudei sobre a história da igreja, não encontrei nenhum vestígio da permanência dos convertidos, sem que tivessem sidos fundamentados na Sã doutrina. Aliás, a reforma, da qual somos frutos, levantou como Bandeira a Sola Scriptura.
   B.    Se voltarmos para os ensinos de Jesus, leremos na sua oração sacerdotal:
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo.17:17).
A um grupo de religiosos, Ele recomendou:
“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas que testificam de mim” (Jo.5:39).
Aos seus leitores, Pedro fez questão de informar-lhes que foram:
 “regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (1Pe.1:23).
 C.     Voltando para Paulo, não o vemos negligenciando esse princípio. Pelo contrário, logo que direcionou o homem para a graça de Cristo (v.31), passou a fundamentar a fé, na qual ele e sua família deveriam permanecer (v.32).
D.    O resultado? Conversão e rendição de toda uma família ao senhorio de Cristo. Como é pastor, senhorio de Cristo? Sim! Diz o texto que eles se submeteram a primeira ordenança de Cristo- o batismo (v.33b). E parece-nos que eles foram os crentes mais eufóricos do primeiro século (V.34b). E tudo indica que esse homem se tornou um grande líder na igreja em Filipos.
E.     Aplicação
1.     Queridos, está se tornando modo, pessoas começarem e estabelecerem igrejas baseadas simplesmente em entretenimento. Penso eu que atividades lúdicas têm o seu lugar; o que não posso dizer o mesmo de atividades chatas. Mas se qualquer pessoa não inicia a vida cristã, conhecendo e aceitando os fundamentos da fé cristã, é questão de tempo, para tudo não passar de um mal entendido.
2.     Por isso, podemos dizer que, a Bíblia precisa ser a atração principal nas atividades de qualquer igreja que deseja honrar o seu Mestre e fortalecer os seus membros. Façamos dela a nossa bandeira (2Tm.4:2).

Conclusão
Voltando ao que disse Paul David Tripp:
 “uma ajuda que transforma o coração, nunca será encontrada no entulho das ideias humanas”.
Se isso é verdadeiro, precisamos voltar as Escrituras em busca de fundamentos para sermos “Instrumentos nas mãos do Redentor”. E Paulo e Silas têm muito a nos dizer, pois eles são exemplos de:
1. Expositores dos Perigos do Inferno.
2. Expositores da Graça que Há em Cristo.
3. Expositores dos Fundamentos da Fé Cristã.

Que o Senhor nos ajude a sermos bons instrumentos nas mãos do Redentor!

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